terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Resgatando as Raízes


Marco Cardoso e Flávio Dias em cena de
"O Sertanejo" da Cia Radiophônica

“Os brasileiros se sabem, se sentem e se comportam como uma só gente, pertencente a uma mesma etnia. Essa unidade não significa porém nenhuma uniformidade. O homem se adaptou ao meio ambiente e criou modos de vida diferentes. A urbanização contribuiu para uniformizar os brasileiros, sem eliminar suas diferenças. Fala-se em todo o país uma mesma língua, só diferenciada por sotaques regionais. Mais do que uma simples etnia, o Brasil é um povo nação, assentado num território próprio para nele viver seu destino”

(Darcy Ribeiro, antropólogo brasileiro 1922-1997)





O ator Marco Cardoso nascido em Mogi das Cruzes – SP, cujas origens estão no Vale do Paraíba – região conhecida, antigamente, pela ligação direta com os ciclos de produção de café no país e hoje, após declínio, tem na agropecuária e agricultura, em menor escala, sua atividade principal – conviveu de perto em sua infância com o típico sertanejo, o caipira – o que mora no interior em contraposição a quem vive na cidade – conhecendo também sua cultura. Nos anos de 2003 e 2004 o ator Marco Cardoso e outros atores da “Cia. Radiophônica & Outras Cousas” trouxeram para os palcos a cultura caipira com a peça “O Sertanejo” com produção e direção dos também atores Waleska Firmino e Flávio Dias, fundadores da Cia Radiophônica.

O Espetáculo:

Elenco de "O Sertanejo" (2003/2004)
(fotos do acervo da Cia Radiophônica)

"O Sertanejo" faz homenagem a todos os homens da terra, aos que diariamente lutam para dela retirar seu sustento, aos que a respeitam e apreciam suas muitas belezas e riquezas, aos que melhor entendem que os seres humanos são elos na corrente da natureza, e não seus mestres. O elenco, caracterizado como o autêntico habitante interiorano, o caipira paulista, conta “causos”, canta músicas tradicionais e representa personagens de lendas e superstições de nosso folclore, como a moça casadoira que negocia um noivo com Santo Antônio, e a história da mocinha que se envolve com um padre e vira a Mula-sem-cabeça. As relações do caipira com a terra, seus valores e tradições são reveladas em belíssimos textos inspirados nas obras do folclorista Cornélio Pires e do sociólogo Antônio Cândido - “Coletânea Sertaneja“ e "Os Parceiros do Rio Bonito".

A pesquisa musical resgata clássicos imortalizados pelas vozes de Alvarenga e Ranchinho, Inezita Barroso, e preciosidades do folclore mineiro e nordestino. Um fato verídico da região de Mogi, ocorrido nos idos de ‘50 também é resgatado, o folclórico e frustrado assalto ao trem pagador. Outro aspecto interessante a salientar é o estudo de sotaque e prosódia (peculiaridades regionais do idioma) que o elenco traz para as cenas. (fonte: http://www.ciaradiophonica.com.br/)

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