terça-feira, 30 de agosto de 2011

Macário de Álvares Azevedo


Literatura fantástica, dramaturgia, representante do romantismo brasileiro. A obra “Macário” do escritor paulista, Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) é desde sua publicação em 1855 um clássico da nossa literatura. Em 2006 a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) produziu o curta-metragem “Macário” no qual os atores Marco Cardoso e Arthur Netto atuaram como Macário e Penseroso respectivamente, infelizmente um dos últimos trabalhos do ator e publicitário Arthur Netto, que viria a falecer naquele mesmo ano.




(...) Macário se divide em dois episódios. No primeiro nosso protagonista entra numa estalagem na estrada. Mantêm uma longa conversa com um desconhecido, a princípio, acerca da vida, da poesia, da filosofia e do homem enquanto dá ordens a taverneira. É convidado a adormecer e iniciar uma viagem através de seus sonhos por lugares não tipificados. Voltando ao principio, Macário acorda acreditando que nada realmente aconteceu, que nem mesmo conversou com alguém em sua chegada. Mas há indícios concretos de que tudo era verdade e enfim percebe que esteve na companhia do diabo. No segundo episódio num lugar ermo, Macário encontra uma mulher que embala o filho morto, além de encontrar Penseroso. Neste episódio, Macário fala da própria morte; Satã noticia o suicídio de Penseroso e os companheiros seguem nesta viagem transcendente.

Macário é um texto dramático, produto do experimentalismo. Um dia os críticos detentores de o verdadeiro saber (pelo menos eles e a mãe deles acreditarão nisso) dirão que Azevedo "trabalhou com o dialogismo, a ironia, a forma híbrida, fragmentada, desconexa, de uma consciência crítica incontestável. Dirão que tem aparência de obra inacabada, comum aos textos irônicos, que o autor coloca o grotesco e o sublime numa convivência harmoniosa". Na verdade nem se trata de um texto para o teatro; "é um filho pálido dessas fantasias que se apoderam do crânio e inspiram a Tempestade a Shakespeare e o IX Canto de D. Juan a Byron".(...) (leia na íntegra)



Há textos e obras que deveríamos mais que ler, deveríamos ver e ouvir. Alguns clássicos com os quais só tivemos contato em determinada fase das nossas vidas, na escola, por exemplo, se relidos, revistos, em outras épocas da nossa vida têm e terão um sentido diferente, novas interpretações e entendimento. As artes cênicas e o cinema tornam isso possível, trazem os clássicos até nós numa linguagem acessível e divertida. O ator Marco Cardoso traz em seu currículo alguns clássicos adaptados para o teatro e em outras oportunidades falaremos deles aqui no blog. Aguarde!

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