segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aconteceu há 10 anos.

Obra de Eurípedes, dramaturgo grego, datada de 431 aC. Medéia foi adaptada e dirigida por Nelson Albissú, tendo sido apresentada no ano de 2000 no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno pelos então alunos de arte dramática do Colégio Estrutural de Mogi das Cruzes.


A bruxa e semi-deusa Medéia descobre que seu amado Jasão, guerreiro belíssimo e bem mais jovem do que ela, abandonou-a para se casar com Glauce, filha do rei Creonte. Transtornada de ódio e ciúme, Medéia jura uma terrível vingança. A ama de Medéia, embora goste da patroa, apavora-se ao pensar na tragédia que pode acontecer. Teme especialmente pelos dois filhos de Medéia e Jasão, uma vez que a bruxa transfere parte da raiva que sente pelo marido para as duas crianças que, embora inocentes, incentivam a lembrança do pai. O ressentimento de Medéia aumenta quando Creonte, sabendo de suas intenções maléficas, ordena que ela e seus filhos sejam banidos de Corinto. Esperta, Medéia persuade o rei a deixá-la ficar só mais um dia, tempo necessário para se preparar para o exílio. Em sua mente, porém, ela já está formalizando o plano da vingança. Seu único problema é descobrir para onde poderá fugir depois. Egeu, o rei de Atenas, um velho amigo de Medéia, está voltando de uma longa viagem e passa por Corinto. Tomando o partido da amiga e deplorando a atitude de Jasão, Egeu oferece à bruxa refúgio em seu reino. Quando as mulheres de Corinto vão se despedir de Medéia, ela faz com que esse coro jure segredo, contando em seguida seu terrível plano. Sua idéia é matar Jasão, a princesa Glauce e Creonte, fugindo em seguida com os filhos. Porém, depois de pensar melhor, Medéia chega à conclusão de que sua vingança seria mais perfeita se Jasão permanecesse vivo para sofrer. Nada poderia causar-lhe mais dor do que envelhecer sem um amor, sem amigos... e sem seus filhos. Dessa forma, Medéia resolve matar o rei, a princesa e, numa violência contra a natureza humana, exterminar a própria prole. Traiçoeira, Medéia procura Jasão e finge que o desculpou e entendeu suas atitudes. Como prova de seu “perdão”, ela manda os filhos levarem um presente para a noiva Glauce: um lindo vestido bordado. Jasão acredita nas palavras da ex-mulher e louva seu bom coração. O presente para Glauce, entretanto, é enfeitiçado. Confeccionado pelo avô de Medéia, Apolo (o deus do Sol), o vestido é envenenado. Em pouco tempo, um mensageiro vem avisar à Medéia que Glauce encontrou uma morte horrível ao experimentar o traje, agonizando envolta em chamas. Creonte, ao tentar salvar a filha, também foi contaminado pelo veneno, morrendo de forma igualmente dolorosa. Nesse meio tempo, os filhos de Medéia retornaram do palácio de Creonte. Ao olhar para eles e sentir seus bracinhos abraçando-a, Medéia fica dividida entre os sentimentos do amor e do ódio, entre o desejo de vingança e o instinto materno. O lado bárbaro de sua natureza acaba triunfando e a bruxa tranca-se com as crianças dentro da casa. O coro, formado pelas mulheres de Corinto, chega para implorar pela vida das crianças, mas isso não impede que a mãe as esfaqueie até a morte. Jasão, transtornado por causa das mortes de Creonte e Glauce, aparece decidido a tomar os filhos de Medéia. Ao descobrir que as crianças também estão mortas, ele quase enlouquece de desespero. Enquanto tenta derrubar a porta da casa, Medéia aparece flutuando no céu, dentro da carruagem mágica do deus Apolo. Ao lado dela, os corpos dos filhos mortos. Jasão amaldiçoa a ex-mulher, que já começa a sofrer com o sentimento de culpa. A carruagem, conduzida por dragões, parte em direção à montanha da deusa Hera. Lá, Medéia pretende enterrar os filhos. Depois, deseja seguir para Atenas, onde deverá permanecer até o final de seus dias, convivendo com a horrenda consciência de seu crime.



Na foto, Marco Cardoso como Creonte na peça Medéia apresentada em Mogi das Cruzes em 2000.
(Foto do arquivo pessoal de Marco Cardoso)


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