segunda-feira, 12 de março de 2012

Machado de Assis e o Teatro.

Machado de Assis (Imagem Google)
Nascido Joaquim Maria Machado de Assis em 1839, no Rio de Janeiro, Machado de Assis como é conhecido, foi escritor, dramaturgo, jornalista, poeta, crítico e ensaísta. Mestiço, como boa parte da população brasileira, estudou em escola pública,  um autodidata que apesar das dificuldades dos primeiros anos, se tornaria um mestre da língua e o maior escritor do país.

Com  ironia refinada, inspirou-se na alta burguesia da época para escrever suas peças de teatro.

Entre crônicas, romances, poesia, ensaios, etc., destacamos aqui seu lado dramaturgo que entre os anos de 1860 e 1906 produz: Queda que as mulheres têm para os tolos, Desencantos, Hoje avental, amanhã luvas, O caminho da porta, O protocolo, Teatro, Quase ministro, Os deuses de casaca, Tu, só tu, puro amor, Não consultes o médico e Lição de botânica, despontando no cenário brasileiro e estreando sua primeira peça em comemoração ao tricentenário de Camões no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880.

A peça “O Protocolo” - comédia em um ato, representada pela primeira vez no Ateneu Dramático - é bastante conhecida dos apaixonados por literatura brasileira e dos estudantes, já que é um texto muito utilizado em sala de aula, em projetos de cultura e vestibulares. Em 2000, o ator Marco Cardoso junto com amigos de Cia. encenaram O Protocolo de Machado de Assis, no palco do Theatro Vasques em Mogi das Cruzes/SP   romance épico, passado no ano de 1863 que conta a história do galante e sedutor Venâncio Alves, que faz de tudo para chamar a atenção de belas mulheres, em especial das casadas. Em dado momento, a situação se agrava: Venâncio conquista nada mais nada menos que Elisa, a mulher de Pinheiro, seu melhor amigo –, como parte de um projeto voltado para estudantes das escolas de Mogi das Cruzes e região.  

A dramaturgia machadiana foi e é considerada por alguns críticos mais adequada à leitura do que à representação. Transpor a linguagem do escritor para o palco é o que muitos atores e diretores têm feito, mas, tornar o texto palatável à encenação sem abrir mão do estilo do autor é um desafio que poucos encaram.

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